Pular para o conteúdo principal

Última atualização da página: 10 de outubro de 2023

Gasto de energia do Ethereum

Ethereum é uma cadeia de blocos verde. A prova de participação do Ethereum usa o ETH como mecanismo de consenso ao invés de energia para proteger a rede. O consumo de energia do Ethereum é de aproximadamente ~0,0026 TWh/ano(opens in a new tab) em toda a rede global.

O consumo de energia estimado para o Ethereum vem de um estudo do CCRI (Crypto Carbon Ratings Institute)(opens in a new tab). Eles geraram estimativas de baixo para cima do consumo de eletricidade e dos rastros de carbono da rede Ethereum (veja o relatório(opens in a new tab)). Eles mediram o consumo de eletricidade de diferentes nós com várias configurações de hardware e software cliente. A estimativa de 2,601 MWh (0,0026 TWh) para o consumo anual de eletricidade da rede é correspondente a emissões anuais de carbono de 870 toneladas de CO2e, aplicando fatores de intensidade de carbono específicas de uma região. Esse valor muda à medida que os nós entram e saem da rede — você pode acompanhar isso utilizando uma média estimada de 7 dias pelo Índice de Sustentabilidade da rede Cambridge Blockchain(opens in a new tab) (observe que eles usam um método ligeiramente diferente para suas estimativas — detalhes disponíveis no site).

Para contextualizar o consumo de energia do Ethereum, nós podemos comparar as estimativas anualizadas de outros setores. Isso nos ajuda a entender melhor se a estimativa do Ethereum é alta ou baixa.

O gráfico acima apresenta o consumo anual de energia estimada em TWh/ano para o Ethereum, em comparação com outros diversos setores. As estimativas fornecidas são derivadas de informações disponíveis ao público, acessadas em maio de 2023, com links para as fontes disponíveis no quadro abaixo:

Consumo de energia anualizado (TWh)Comparação com a PoS EthereumFonte
Centros de dados globais20077.000xfonte(opens in a new tab)
Mineração de ouro13150.000xfonte(opens in a new tab)
Bitcoin13150.000xfonte(opens in a new tab)
PoW Ethereum7830.000xfonte(opens in a new tab)
YouTube (somente diretamente)124.600xfonte(opens in a new tab)
Gaming nos EUA3413.000xfonte(opens in a new tab)
Netflix0,451173xfonte(opens in a new tab)
PayPal0,26100xfonte(opens in a new tab)
AirBnB0,028xfonte(opens in a new tab)
PoS Ethereum0,00261xfonte(opens in a new tab)

É complicado adquirir estimativas exatas do consumo de energia, especialmente quando o que está sendo medido tem uma cadeia complexa de suprimentos ou detalhes de implantação que influenciam sua eficiência. Considere a Netflix ou o YouTube como exemplos. As estimativas do seu consumo de energia podem variar dependendo se incluem apenas a energia usada para preservar seus sistemas e entregar satisfação aos usuários (despesas diretas) ou se eles incluem as despesas necessárias para gerar satisfação, administrar escritórios corporativos, anunciar, etc. (despesas indiretas). O uso indireto também pode incluir a energia necessária para consumir conteúdo em dispositivos do usuário final, como TVs, computadores e celulares, que, por outro lado, depende de quais dispositivos são usados.

Há uma discussão sobre isso no Carbon Brief(opens in a new tab). No quadro acima, o valor indicado para a Netflix inclui o valor autodeclarado de utilização direta e indireta. O Youtube disponibiliza apenas uma aproximação da própria despesa direta de energia, que chega a 12 TWh/ano(opens in a new tab).

A tabela e o gráfico acima também incluem comparações com o Bitcoin e a prova de trabalho do Ethereum. É importante notar que o consumo de energia das redes de prova de trabalho não é estático — ele muda a cada dia. O valor usado para a prova de trabalho do Ethereum foi um pouco antes do The Merge para prova de participação, como previsto pelo Digiconomist(opens in a new tab). Outras fontes, como o Índice de Sustentabilidade da rede Cambridge Blockchain(opens in a new tab) estimam que o consumo de energia tenha sido muito menor (mais próximo de 20 TWh/ano). As estimativas para o consumo de energia do Bitcoin também mudam muito entre as fontes e é um tema que atrai muitos debates(opens in a new tab) sobre não apenas a quantidade de carga consumida, mas também as fontes dessa energia e a ética relacionada com ela. O consumo de energia não corresponde necessariamente à pegada ambiental, porque diferentes projetos podem utilizar diferentes fontes de energia como, por exemplo, uma proporção menor ou maior de energias renováveis. Por exemplo, o Índice de Consumo de Eletricidade Bitcoin de Cambridge(opens in a new tab) indicam que a demanda da rede Bitcoin poderia, teoricamente, ser alimentada por queima de gás ou de eletricidade que, de certa forma, seria perdida na transmissão e distribuição. O caminho do Ethereum para a sustentabilidade foi substituir a parte que consume muita energia da rede por uma alternativa ecológica.

Você pode consultar as estimativas do consumo de energia e emissão de carbono no site Índice de Sustentabilidade da rede Cambridge Blockchain(opens in a new tab).

Estimativas por transação

Muitos artigos estimam o gasto de energia “por transação” para blockchains. Isso pode ser enganoso, pois a energia necessária para propor e validar um bloco é independente do número de transações dentro dele. Uma unidade de gasto de energia por transação implica que menos transações levariam a um gasto de energia menor e vice-versa, o que não é o caso. Além disso, as estimativas por transação são muito sensíveis a como uma taxa de transferência de transação da blockchain é definida, e o ajuste dessa definição pode ser burlado para fazer o valor parecer maior ou menor.

Por exemplo, no Ethereum, a taxa de transferência de transação não é apenas a da camada base — ela também é a soma da taxa de transferência de transação de todos os seus roll-ups de “camada 2”. Geralmente, as camadas 2 não são incluídas nos cálculos, mas contabilizar a energia adicional consumida pelos sequenciadores (pequenos) e o número de transações que eles processam (grandes) provavelmente reduziria drasticamente as estimativas por transação. Essa é uma razão pela qual as comparações do consumo de energia por transação entre plataformas podem ser enganosas.

Deficit de carbono do Ethereum

O gasto de energia do Ethereum é muito baixo, mas nem sempre tem sido o caso. Originalmente, o Ethereum usava prova de trabalho, que tinha um custo ambiental muito maior do que o mecanismo atual de prova de participação.

Desde o início, o Ethereum planejou implementar um mecanismo de consenso baseado em prova de participação, mas fazer isso sem sacrificar a segurança e a descentralização levou anos de pesquisa e desenvolvimento focados. Portanto, um mecanismo de prova de trabalho foi usado para iniciar a rede. A prova de trabalho exige que mineradores usem seu hardware de computação para calcular um valor, gastando energia no processo.

Comparação do consumo de energia do Ethereum antes e depois da fusão (The Merge), usando a Torre Eiffel (330 metros de altura) à esquerda, para simbolizar o elevado consumo de energia antes do The Merge, e uma pequena figura de Lego de 4 cm de altura à direta, para representar a redução drástica do consumo de energia após o The Merge.

CCRI estima que o The Merge reduziu o consumo anual de eletricidade do Ethereum em mais de 99,988%. Da mesma forma, a emissão de carbono do Ethereum foi reduzido em aproximadamente 99,992% (de 11.016.000 para 870 toneladas de CO2e). Para colocar isso em perspectiva, a redução das emissões é como ir da altura da Torre Eiffel para um brinquedinho de plástico, como ilustrado na figura acima. Consequentemente, o custo ambiental da segurança da rede é drasticamente reduzido. Ao mesmo tempo, acredita-se que a segurança da rede tenha melhorado.

Uma camada de aplicação ecológica

Embora o consumo de energia do Ethereum seja muito baixo, também há uma comunidade de finanças regenerativas (ReFi) considerável, crescente e altamente ativa sendo desenvolvida no Ethereum. Os aplicativos ReFi usam componentes DeFi para construir aplicativos financeiros com externalidades positivas benéficas para o ambiente. O ReFi faz parte de um movimento “solarpunk”(opens in a new tab) mais amplo, que está intimamente alinhado com o Ethereum e visa unir o avanço tecnológico e a gestão ambiental. A natureza descentralizada, sem permissão e combinável do Ethereum faz dele a camada base ideal para as comunidades ReFi e solarpunk.

As plataformas nativas de financiamento de bens públicos da Web3, como Gitcoin(opens in a new tab), executam rodadas climáticas para estimular uma construção com consciência ambiental na camada de aplicações do Ethereum. Por meio do desenvolvimento dessas iniciativas (e outras, por exemplo, DeSci), o Ethereum está se tornando uma tecnologia social e ambientalmente positiva.

Se você acha que esta página pode ser mais precisa, comunique o problema ou PR. As estatísticas nesta página são estimativas baseadas em dados disponíveis publicamente – elas não representam uma declaração oficial ou promessa da equipe ethereum.org ou da Ethereum Foundation.

Leitura adicional

Este artigo foi útil?